Leite vegano também é leite e pode ser chamado assim, disse o FDA (Food and Drug Administration), autoridade de alimentação e remédios dos Estados Unidos, cujas decisões têm grande influência no mundo todo.
O que diz o texto da FDA sobre leite vegano
O FDA divulgou o rascunho da norma que autoriza bebidas de origem vegetal a usar a palavra leite em seus rótulos. É uma vitória dos fabricantes de alimentos veganos, como a NotCo, produtora do NotMilk. A NotCo faz parte do portfólio de investimentos da G2D, via The Craftory.
O nome NotMilk (NãoLeite), aliás, parece uma maneira criativa e inteligente de destacar a inovação do produto (que é saboroso como o alimento de origem animal, mas vegano) e lidar com a falta de regras claras sobre o uso da palavra leite. A decisão da FDA traz tranquilidade para o setor de alimentos plant-based.
Ao mesmo tempo que libera o uso do termo leite, o texto do FDA determina que os fabricantes de leites veganos informem as diferenças de valor nutricional entre o seu produto e aquele de origem animal.
"O rascunho de norma foi criado para lidar com o aumento significativo de produtos plant-based alternativos ao leite, que chegaram ao mercado ao longo da última década", disse Robert M. Califf, comissário do FDA. "Com essas recomendações, os consumidores devem ter um rótulo claro, com toda a informação de que precisam para tomar decisões de consumo e nutrição conscientes, sobre os produtos que compram para si e suas famílias".
A revolução no mercado de leite
A reportagem do jornal The New York Times observa que o consumo de leite de origem animal caiu à metade, nos Estados Unidos, desde a década de 1970. É uma tendência que dificilmente vai se reverter, diz um estudo do departamento de agricultura do governo americano.
A matéria do jornal inglês The Guardian mostra um levantamento de mercado da NielsenIQ, que diz que nos Estados Unidos as vendas de leite de vaca refrigerado no último ano somaram US$ 12,3 bilhões e as de leite vegano, US$ 2,5 bilhões.
"A crescente popularidade de bebidas feitas de castanhas, quinoa ou linhaça tem sido alimentada, em parte, por preocupações com a saúde. Algumas pessoas compram porque são intolerantes a lactose. E um número crescente de americanos fala também na vontade de ter uma dieta vegana, ou contribuir com o combate às mudanças climáticas ao evitar o metano e o esterco produzidos pelas vacas", diz o texto do New York Times.
"Ativistas pelos direitos dos animais buscam retratar a criação de gado como intrinsecamente cruel, uma afirmação que é contestada pela indústria", continua a reportagem do NYT. "Para muitos consumidores, a mudança na direção dos produtos plant-based é simplesmente uma questão de sabor".
O papel da G2D - e o seu - na revolução plant-based
A G2D investe na NotCo, via The Craftory. Ao investir em G2DI33, você apoia a revolução da alimentação baseada em plantas.