Empreender exige disposição, preparo, conhecimento e coragem para assumir riscos, especialmente quando se fala em empreendedorismo no Brasil. Por outro lado, o mercado brasileiro de startups mostra uma cena pulsante, com bastante espaço para negócios disruptivos.
A partir de agora, vamos entender melhor o cenário do empreendedorismo no Brasil e saber se vale a entrar nesse mercado, tanto abrindo um negócio quanto investindo em marcas inovadoras. Acompanhe!
Empreendedorismo no Brasil: como é ter um negócio no país?
O Brasil tem mais de 18 milhões de empresas ativas de acordo com os dados mais recente do Sebrae, um serviço público dedicado a apoiar os pequenos negócios no país. Destes, mais da metade são microempreendedores individuais, os famosos MEIs.
Segundo o Mapa das Empresas, do Ministério da Economia, o Brasil teve 3,36 milhões de novas empresas abertas e 1,04 milhão de empresas fechadas somente em 2020.
Durante a pandemia, o perfil do empreendedor brasileiro mudou. De acordo com o Sebrae, a quantidade de empreendedores estabelecidos (com mais de três anos e meio em atividade) diminuiu e o número de empreendedores iniciais cresceu.
Além do risco de fechamento, outro problema enfrentado pelos empreendedores brasileiros é o tempo gasto com o pagamento de impostos: são 1.501 horas! Conforme dados do relatório Doing Business, do Banco Mundial, ocupamos o 124º lugar entre 190 economias avaliadas.
A complexidade tributária é um dos fatores que consomem tempo, energia e dinheiro dos empresários brasileiros. Afinal, é preciso cumprir com até 97 obrigações tributárias vindas de regras nacionais, estaduais e municipais. O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) estima que cada empreendimento deve seguir mais de 3.790 normas. Se imprimirmos todas essas normas, serão seis quilômetros de folhas impressas!
Para o relatório Doing Business, do Banco Mundial, “processos complexos e demorados são um grande desafio para os empreendedores brasileiros”.
Os benefícios do empreendedorismo para a economia
Se mais negócios inovadores surgem, mais riqueza circula em nosso país e melhor é para a economia. De acordo com o pesquisador americano Simon C. Parker, empreendedorismo e crescimento econômico estão diretamente relacionados.
Ao enxergar oportunidades e não temer o novo, o empreendedor abre caminho para desenvolver serviços e produtos disruptivos e que atendem cada vez mais as necessidades dos consumidores.
Uma empresa grande e consolidada, que está há muitos anos no mercado, pode não entender por completo as dores dos consumidores e não lutar com tanto afinco para solucioná-las.
Já os empreendedores tendem a trabalhar com mais paixão, estar abertos para novidades e dispostos a correr riscos. E é dessa forma que produtos inovadores nascem.
Além disso, em um contexto de fortes mudanças tecnológicas e culturais, empreendedores tendem a focar em formas mais eficientes e menos tradicionais de trabalho. Eles ainda ajudam a aprimorar tecnologias já existentes, criar novos produtos e mercados, facilitar o acesso do consumidor, aumentar a eficiência da cadeia produtiva, diminuir custos e desperdícios.
E tem mais um benefício: incentivar o empreendedorismo é incentivar a geração de empregos e o consumo interno. Com dinheiro no bolso e acesso a novas ideias, os trabalhadores/consumidores têm a possibilidade de consumir mais – e assim fazer a economia girar.
Em suma, empreendedores são peças-chave na economia, pois são protagonistas da inovação.
O mercado de startups no Brasil
O Brasil tem mais de 13 mil startups – empresas inovadoras e jovens que geralmente trabalham com ideias escaláveis e arriscadas.
Mesmo enfrentando uma pandemia e todas as dificuldades de empreender no Brasil, 2021 foi o melhor ano da história para as startups brasileiras. Segundo o Inside Venture Capital (relatório mensal produzido pela Distrito), até novembro de 2021 foram aportados US$ 8,85 bilhões em um total de 677 rodadas.
Esse número representa quase o triplo do total de 2020, que foi de US$ 3,65 bilhões. A Loft – plataforma que reinventou o mercado imobiliário – recebeu US$ 425 milhões. Já o Nubank – fintech amplamente conhecida pelos brasileiros – teve uma série de US$ 750 milhões e outra de US$ 400 milhões.
Segundo Amure Pinho, investidor e ex-presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), “as startups viraram o jogo, estão muito presentes no nosso dia a dia, nos smartphones, nas ferramentas que a gente usa para se comunicar, na forma como a gente compra e contrata”.
O atual cenário trouxe um volume alto de recursos, a volta das megarodadas e um otimismo ainda maior para o futuro, quando novas rodadas devem acontecer.
Como começar a empreender no Brasil?
1 – Comece pela ideia. Procure pensar em produtos ou serviços que resolvam problemas dos consumidores. Você não precisa reinventar a roda, mas é necessário ter um diferencial para se apresentar ao mercado.
2 – Conheça a demanda e o público. Existe de fato uma demanda pelo que você planeja lançar? Se sim, quem poderia consumir o seu produto? Qual é o seu público? Neste momento, uma pesquisa é bem-vinda. Quanto mais dados você tiver em mãos, mais certeira será sua estratégia de negócios.
3 – Trace um Plano de Negócios. Organize as informações sobre sua empresa em um Plano de Negócios. Ele guiará suas ações. É interessante que o documento contenha: estudo do mercado e da concorrência; descrição do produto e seus diferenciais; definição do público-alvo; modelo de negócio; plano operacional; plano financeiro e plano de marketing.
4 – Formalize a empresa. Se cadastrar como Pessoa Jurídica vai oficializar a existência da sua empresa e é mais vantajoso a longo prazo, ainda que existam alguns gastos. A forma mais simples de fazer isso é abrindo um cadastro como MEI no Portal do Empreendedor – caso você se enquadre nos critérios.
5 – Conhecimento é tudo! Para que um negócio dê certo, não é necessário apenas vontade. Busque especializações, usufrua da internet e dos cursos gratuitos, estude como puder! É importante conhecer não apenas o seu produto ou serviço, mas também gestão, marketing e finanças.
Como investir em negócios de empreendedores no Brasil
Este é um excelente momento para investir nas startups brasileiras. A G2D investe em empresas fora da bolsa de valores, selecionando aquelas que apresentam alto potencial de crescimento. Priorizamos empresas que focam em novas tecnologias para tornar o mundo melhor.
Por meio de nosso papel na B3, G2DI33, qualquer pessoa pode investir em negócios inovadores sem precisar de muito dinheiro e com liquidez de bolsa de valores. Ou seja, os investimentos em Venture Capital não são mais exclusivos de uma parcela da população.
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