O governo dos Estados Unidos planeja restringir (e até proibir) a exportação de chips de alto desempenho para a China, a partir de julho, afirmou o Wall Street Journal. A notícia fez cair as ações da Nvidia, principal fabricante de GPUs, os processadores gráficos usados para inteligência artificial. A proibição seria um marco, mas não o único gesto de distanciamento entre as duas maiores economias do mundo.
O mundo está se desglobalizando. “Segundo o Banco Mundial, o investimento estrangeiro direto chegou a 5,3% do PIB mundial, em 2007, e caiu para 1,3% em 2020. As duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, tornaram-se cada vez mais hostis, tentando reduzir sua dependência de uns aos outros por bens e serviços. Eles não são os únicos. Desde a crise financeira global de 2008, houve cinco vezes mais medidas protecionistas promulgadas em todo o mundo do que liberalizantes”, disse Raghuram Rajan, ex-economista-chefe do FMI, na revista Foreign Affairs.
Que diferença isso faz para os investimentos? A Bridgewater, fundada pelo lendário gestor Ray Dalio, tratou de responder essa pergunta. A conclusão é tão clara que já vem no título do artigo: A Desglobalização Aumenta a Importância da Diversificação Geográfica, a fim de diluir riscos.
A Bridgewater montou um gráfico de divergência global de índices de crescimento e inflação (abaixo), desde a década de 1950. Quanto mais altos os valores, maior a divergência. “Após atingir níveis elevados durante a pandemia, os diferenciais econômicos continuaram elevados, em torno dos níveis altos dos anos 80 e início dos anos 90”, diz o estudo. “Isso está levando a respostas políticas muito diferentes, que agora estão causando divergências nas taxas de desconto e nos prêmios de risco entre os mercados”.
América do Norte, Europa e Ásia se descolaram em equity returns (retorno sobre patrimônio líquido) e bond returns (retorno sobre título de renda fixa), entre outras formas de investimento.
“Os ativos na Europa ficaram para trás durante 2020 e 2021, mas agora em grande parte recuperaram a diferença em relação aos mercados norte-americanos. As ações europeias foram especialmente resilientes ao longo do último ano”, diz o texto da Bridgewater. “As ações asiáticas tiveram um desempenho inferior aos outros mercados desde 2021, enquanto os mercados de títulos asiáticos têm se mantido estáveis”.
A G2D é uma empresa de venture capital listada em Bolsa que investe em mais de 40 empresas em estágio pré-IPO, de diferentes setores, no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Investir em G2DI33, na B3, é uma forma descomplicada de buscar diversificação geográfica.