No ano de 2021, os IPOs bateram recorde no Brasil: a B3, a bolsa de valores brasileira, teve 61 papéis listados. Para se ter ideia, um movimento semelhante aconteceu apenas em 2007, quando 37 empresas decidiram abrir seu capital. Nesse sentido, como investir em IPO diante de tantas opções? Será que vale a pena?
Considerando que o IPO é a estreia de uma companhia na bolsa de valores, há quem acredite que esse é o momento ideal para investir, pois há um grande potencial de crescimento.
No entanto, como você vai ver aqui, é comum que a fase de crescimento mais acelerado de um negócio já tenha passado quando a companhia vai fazer um IPO.
Por isso, fique conosco para entender como navegar nesse universo e recolher as informações que você precisa para fazer os melhores investimentos em IPOs de empresas.
O que é IPO?
IPO é uma sigla em inglês para Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial. É aquele momento em que uma companhia lança ações pela primeira vez na bolsa de valores.
Esse recurso é uma forma mais barata de as empresas levantarem dinheiro. Tomar empréstimos envolve o pagamento de juros e a operação está sujeita à análise de crédito. E isso sem falar que os ativos da companhia (máquinas, equipamentos e outros itens do patrimônio) podem ficar embargados servindo como garantia (o chamado colateral) da operação.
Por outro lado, ao lançar ações no mercado, as empresas passam a ter acionistas ou sócios: pessoas e organizações que participam do negócio de forma proporcional ao número de ações que possuem, compartilhando lucro e prejuízo.
Como investir em IPO?
Quem quer investir em um IPO precisa ter conta em um banco ou corretora que ofereça acesso a investimentos de renda variável. Podem ser instituições tradicionais ou bancos digitais.
Quando uma empresa vai fazer um IPO, precisa escolher bancos para coordenar todas as etapas do processo até a listagem na bolsa. No meio do caminho, esses bancos também são responsáveis por apresentar essa empresa a grupos de investidores, permitindo que eles façam uma reserva de ações antes do IPO. Esses grupos geralmente são formados por fundos de investimentos e clientes do segmento Private.
A apresentação para investidores é chamada de roadshow e o registro do interesse de investidores em adquirir ações é o bookbuilding. Outra expressão relacionada a esse processo é underwriting ou subscrição, que é quando uma empresa seleciona um banco para coordenar sua oferta de ações e registrar o interesse de investidores em comprar os papéis.
Conforme os critérios da CVM, o órgão que regula o mercado de capitais no Brasil, só podem investir nessa fase as pessoas ou grupos que atendem os seguintes critérios:
- Investidor qualificado: quem tem mais de R$ 1 milhão em investimentos;
- Investidor institucional: fundos de investimento ou de pensão, fundos soberanos ou patrimoniais (endowments);
- Investidor profisisonal: quem tem mais de R$ 10 milhões em investimentos.
Quem se encaixa nessas definições consegue reservar lotes de papéis antes do início das negociações. Dessa forma, esse público ajuda a formar a demanda pelo ativo e, por consequência, seu preço na abertura das negociações.
Para as pessoas físicas que não se encaixam nesses critérios, só é possível investir em um IPO a partir do primeiro dia das operações com o papel, depois do período de reserva.
Por esse motivo, é bastante comum ver o preço de uma ação caindo no momento do IPO: quem consegue reservar o papel a determinado preço pode aproveitar o início das negociações para se desfazer do ativo. Quando esse movimento é muito forte, pode levar a uma queda nos preços.
Quando vale a pena investir em IPO?
1 – Quando você entende como o negócio funciona e como a empresa ganha dinheiro
Antes de investir em uma empresa, é preciso entender como a instituição ganha dinheiro para decidir se o investimento é um bom negócio.
Nesse sentido, não basta apenas fazer parte do público consumidor. Vale deixar o emocional de lado e buscar informações sobre a estratégia do negócio, as possibilidades de expansão e geração de receita e as tendências do mercado.
Todos esses dados podem ser encontrados em um documento chamado prospecto do IPO, que é uma compilação de todas as informações que uma empresa precisa fornecer ao mercado antes de sua oferta de ações.
Como se trata de um documento técnico e extenso (muitos chegam a ultrapassar as 500 páginas), vale a pena contar com a ajuda de uma pessoa especialista em investimentos para analisá-lo.
2 – Quando você tem consciência dos riscos envolvidos
Depois de fazer essa análise das perspectivas para o negócio, é o momento de refletir sobre o que pode dar errado. É para isso, inclusive, que serve a análise do mercado e da concorrência: mapear as ameaças internas e externas ao negócio.
Além disso, tenha sempre em mente que nenhum investimento de renda variável pode oferecer retorno garantido e diversifique seus investimentos de modo a considerar o risco de prejuízo.
3– Quando você acredita no crescimento da empresa no longo prazo
Depois de analisar as informações, existe um outro ponto que é acreditar nelas. Por isso, busque a opinião de pessoas especialistas em investimentos e em negócios para entender se o investimento faz sentido. Além disso, busque entender se esse tipo de investimento faz sentido para as suas metas pessoais.
Já pensou em investir em empresas na fase pré-IPO?
Investir em companhias fora da bolsa de valores era uma alternativa fora do alcance do investidor médio no Brasil. Antes, só quem tinha mais dinheiro podia ter acesso a investimentos em Venture Capital, por exemplo.
Agora, com a G2D Investments (G2DI33 na B3), qualquer pessoa pode diversificar seus investimentos em empresas de alto crescimento por meio da própria bolsa de valores. Ou seja: você não precisa de muito dinheiro para investir em companhias disruptivas, com liquidez e praticidade.
Uma vez que você já entende melhor como investir em IPO e quais são as outras alternativas ao seu alcance, que tal conhecer mais sobre a G2D? Conheça nosso portfólio de empresas investidas: já temos pelo menos oito unicórnios!