Você já se perguntou por que big techs como Apple, Facebook, Google e Netflix surgiram no Silicon Valley? O Vale do Silício, na tradução para o português, foi e continua sendo berço das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Nele, estão as as mentes mais brilhantes da indústria global de tecnologia e as marcas disruptivas que mudaram a forma como nos relacionamos com o mundo.
Afinal, basta pensar em como era a vida antes da busca na internet, do iPhone, do Instagram, do WhatsApp, do Uber e muitas outras inovações.
Além disso, o território abriga universidades que impulsionam o setor. A Universidade de Stanford protagoniza um papel importante nessa história. A comunidade acadêmica é bem ativa no local e impulsiona novas tecnologias e negócios. Mas como a região se tornou referência? Siga conosco para descobrir.
Onde fica o Vale do Silício?
O Vale do Silício fica nos Estados Unidos, no estado da Califórnia. Ele é uma região ao Sul da baía da cidade de São Francisco formada por várias cidades, como Palo Alto, Santa Clara, San Jose e Mountain View.
O nome dessa região é uma combinação de dois fatores: Vale vem da característica geográfica do local. Já Silício remete ao elemento químico usado em microprocessadores de itens eletrônicos, muito utilizado nas indústrias.
Como o Vale do Silício se tornou referência em tecnologia?
Inicialmente um polo de agricultura, a região nem sempre foi conhecida por inovação em empresas de tecnologia.
Os primeiros empreendimentos nesse sentido começaram a ser instalados em 1909, com a criação de uma estação de rádio. Já em 1933, a marinha construiu uma super estrutura aeroespacial. A Nasa também abriu lá uma unidade de pesquisa e de testes alguns anos depois.
Um marco para a região viria em 1939, com a fundação da HP, empresa de tecnologia americana. No entanto, o local só começou a receber fortes investimentos em pesquisa e desenvolvimento com a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.
A partir de então, o local passou a ser referência mundial no setor. Frederick Terman, pesquisador da Universidade de Stanford, e William Shockley, Nobel de física em 1956, são considerados os pais do Vale. A atuação da dupla ocasionou, indiretamente, o surgimento da Intel.
Desde então, o local virou sede de startups, empresas maiores e fábricas, o local ideal para ser frequentado por representantes de fundos de venture capital. Empresas de capital de risco se estabeleceram ali, financiando projetos que tivessem potencial.
Quais são as empresas que estão no Vale do Silício?
Foi entre as décadas de 1970 e 1990 que surgiram gigantes como Atari, Apple, Oracle, Adobe, eBay e Google. Outras foram criadas mais recentemente e rapidamente se tornaram startups unicórnio. Facebook e Uber são exemplos dessa era. Confira abaixo as principais empresas do Vale:
Apple
A Apple é a maior empresa do Vale do Silício, com um valor de mercado próximo de US$ 3 trilhões. A fabricante do iPhone foi fundada em 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne.
Alphabet/Google
A Alphabet, holding do Google, é considerada uma das quatro empresas mais valiosas do mundo. A startup unicórnio Clover Health, investida da G2D por meio da Expanding Capital, também faz parte da holding.
A rede social de Mark Zuckenberg registra bilhões de dólares em receitas anuais. O Facebook atingiu valor de mercado de US$ 1 trilhão pela primeira vez em junho de 2021.
Intel
A Intel é uma potência mundial na fabricação de chips semicondutores. A empresa é fornecedora da Dell, HP e Apple. Tem mais de 110 mil funcionários e receita de US$ 77,87 bilhões.
Uber
O aplicativo que mudou a forma como as pessoas fazem corridas de táxi também nasceu no Vale, em 2009. Hoje, está presente em mais de 500 cidades pelo mundo.
Wells Fargo
Embora mais conhecido pela alta tecnologia, o Silicon Valley também é lar de outros tipos de gigantes corporativos. Isso inclui a Wells Fargo, uma holding que possui subsidiárias de bancos e serviços financeiros. A companhia está entre os três maiores bancos dos Estados Unidos.
Vale do Silício brasileiro: como o Brasil está se tornando referência nesse mercado
Já ouviu falar no Vale do Silício brasileiro? Existem locais no Brasil que se destacam como ambientes favoráveis para o desenvolvimento de startups promissoras. Um ranking do estudo Connected Smart Cities mapeou as principais cidades nesse quesito: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Curitiba fazem parte da lista.
Campinas também é outro polo tecnológico. A cidade é conhecida por abrigar empresas como Bosch, Elektro, CPFL Energia e Arcor. Assim como no Vale original, essas empresas normalmente estão próximas de grandes centros universitários, em uma parceria entre educação e inovação.
Portanto, trata-se muito mais de uma prática cultural do que uma localidade geográfica. Para que essa ideia siga impulsionando o desenvolvimento tecnológico do país, é preciso alinhar investimentos e apoio de universidades a centros de excelência em ensino e pesquisa.
Como investir em empresas do Vale do Silício?
Qualquer pessoa pode investir em empresas do Vale do Silício graças às seguintes alternativas:
1 – Comprar ações da Apple, Facebook, Google e outras empresas tech
A forma mais óbvia de investir em empresas do Vale do Silício é comprar as suas ações. É possível fazer isso abrindo conta em uma corretora nos Estados Unidos, onde essas companhias estão originalmente listadas.
disso, também é preciso ter um bom capital disponível. Cada ação da Apple, por exemplo, custava cerca de US$ 175 em dezembro de 2021.
2 – Comprar BDRs de empresas de tecnologia
Na bolsa brasileira, também é possível investir em big techs comprando seus BDRs, os Brazilian Depositary Receipts. Estes são recibos de ações estrangeiras negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. O BDR da Apple, por exemplo, custava R$ 98 na mesma época.
3 – Investir em fundos de ações, BDRs ou ETFs de tecnologia
Para quem não investe em ações de forma direta, existem os fundos de investimento focados em ações, BDRs ou ETFs de tecnologia. Eles podem ser encontrados em bancos tradicionais e digitais, além de corretoras de valores.
4 – Investir em ETFs de tecnologia
Um ETF, ou Exchange Traded Fund, é um fundo que replica o comportamento de um índice. Por não exigir a atuação direta de uma pessoa ou uma equipe para fazer a gestão, é uma opção mais barata de fundo de investimento.
Nos Estados Unidos, os principais ETFs de tecnologia do mercado são:
- QQQ: Invesco QQQ Trust, que reúne as 100 empresas mais negociadas da Nasdaq;
- XSW: SPDR S&P Software & Services, que replica um índice formado por 170 empresas de software e e tecnologia;
- VGT: o Vanguard Information Technology é um dos mais famosos dos EUA e replica um índice formado por empresas do setor de TI de diferentes portes;
- CLOU: o Cloud Computing ETF replica um índice de empresas de computação em nuvem e tecnologias relacionadas a Internet das Coisas (IoT, Internet of Things);
- SOXX: o iShares PHLX Semiconductor reúne ações de empresas do setor de semicondutores;
- XBI: o SPDR S&P Biotech reproduz o desempenho de um índice formado por 170 empresas que têm foco em biotecnologia;
- NERD: o nome sugestivo é de um ETF focado em cerca de 30 empresas de jogos e entretenimento digital, em especial os e-Sports.
No caso dos ETFs de tecnologia na B3, os principais são:
- NASD11: da XP Asset, investe nas 100 maiores empresas de tecnologia da Nasdaq;
- TEKK11: da Itaú Asset, investe em Big Techs (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) e outros grandes nomes de tecnologia;
- TECB11: replica o índice de Ações Tech Brasil, que tem ações brasileiras e BDRs;
- USTK11: acompanha o Vanguard Information Technology, que reproduz o desempenho do índice MSCI US — Investable Market Information Technology 25/50 Index.
5 – Investir em BDRs de ETFs de tecnologia
Uma novidade recente no Brasil, os BDRs de ETFs de tecnologia trazem para o Brasil um espelho dos principais ETFs de tecnologia do mundo. Alguns deles são:
- BIXN39: replica o iShares Global Tech ETF;
- BIYW39: reproduz o comportamento do iShares US Technology ETF;
- BXTC39: espelha o iShares Exponential Technologies ETF.
6 – Investir no BDR da G2D (G2DI33)
A G2D é uma plataforma de investimentos que democratiza o acesso a empresas em fase pré-IPO no Brasil, nos EUA e na Europa. Investimos em empresas no Vale do Silício por meio da Expanding Capital, um fundo de venture capital em São Francisco que investe em negócios financeiros, saúde e tecnologia da informação.
Assim, ao investir em G2DI33, qualquer pessoa tem um portfólio automaticamente diversificado com participações em companhias inovadoras, que ainda não estão na bolsa de valores. Em nosso portfólio, já temos oito unicórnios.
Agora que você já sabe o que é o Vale do Silício e como participar da história dessas empresas, siga aproveitando nossos conteúdos. Assine a nossa newsletter e receba as novidades no seu e-mail.