A precificação do valor justo de uma empresa envolve diferentes metodologias. Existem vários conceitos que dão conta desse tema e vamos explorá-los a partir de agora.
É importante saber que o valor de uma companhia não é dado ao acaso. Ele é calculado com base no que a empresa já produz, no seu desempenho em relação a competidores e outras companhias semelhantes e no seu potencial de crescimento.
Neste texto, vamos entender o conceito de Fair Market Value e como ele se distingue de outras formas de calcular o valuation de uma companhia. Acompanhe.
O que é Fair Value?
O Fair Value, ou em tradução, valor justo, é um conceito do ramo contábil aplicado para os ativos de uma empresa. Por isso, refere-se aos bens e os direitos de determinada companhia.
No Brasil, vigora desde 2012 o CPC 46, um instrumento a fim de mensurar o valor justo de um ativo. Ele é semelhante ao IFRS 13, índice de padrões contábeis utilizado internacionalmente.
A norma de Mensuração do Valor Justo (item 24) do CPC 46 diz:
“… o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação.”
Em outras palavras, de acordo com o CPC 46, o valor justo é o preço de uma transação de venda ou transferência de passivo. Ou seja, é um valor de consenso entre a parte que venderá e a parte que pagará.
Ou seja, a quantia que será transferida precisa ser combinada com ambas as partes em acordo. Mas não se preocupe! Isso não quer dizer que você vai sair perdendo.
O objetivo de uma transação seguindo este conceito é evitar que um lado seja mais beneficiado que outro. Logo, o objetivo principal é que esta não se caracterize como uma transação forçada.
Acima de tudo, o valor justo é essencial para os cálculos ativos da empresa. Em todo caso, costuma ser mais comum determinar o valor justo de um investimento na B3, como ativos que possuem o preço de mercado divulgados e amplamente conhecidos.
Fair Market Value: entenda o conceito
Já o Fair Market Value, ou valor justo de mercado, em tradução, é uma avaliação do preço de um ativo, negócio, projeto ou companhia no mercado aberto e em transações competitivas.
De forma geral, ambas as partes estão agindo conforme seus interesses e desejam se beneficiar dessa transação.
É comum que ocorram transações de valor justo de mercado não somente na área das finanças, como também nas negociações salariais, vendas de negócios e de artigos imobiliários.
Além disso, esse cálculo também refere-se à capitalização de uma empresa de capital aberto. Ele é feito pela multiplicação do número de ações em circulação e o preço das ações no período. Ou seja, o valor não é fixo e pode mudar conforme os períodos levados em consideração para o cálculo.
Como definir o valor de uma empresa?
Você começou um novo projeto, os negócios deslancharam, o lucro é positivo e chegou a hora de abrir os ativos para o mercado. E agora?
Não se preocupe! Existem métodos testados, aprovados e amplamente utilizados para definir o valor justo de mercado de uma empresa. No geral, o cálculo que você precisa saber é o seguinte:
- Número de ações emitidas X Cotação = valor justo de mercado
Para chegar a isto, deve-se aplicar métodos de mensuração. Estes métodos estão relacionados a:
- Fluxo de Caixa descontado;
- Valuation por Valor Patrimonial;
- Valuation por Múltiplos de Mercado.
Lembre-se: tanto o valor justo de uma empresa como o valor de mercado não são montantes fixos. Ou seja, são cálculos relacionados às negociações e ativos da companhia em determinado momento e podem sofrer mudanças com o tempo.
Como o NAV da G2D é calculado?
Agora que você já sabe a diferença entre valor justo e valor de mercado e como eles são calculados, vamos te mostrar na prática como a G2D Investments aplica estes métodos.
A G2D usa o padrão internacional adotado por todas as companhias de investimento: o IPEV, que regula e define todas as boas práticas de como avaliar companhias no mercado privado.
Essa metodologia também é usada pelos pares da G2D fora do Brasil. Ou seja: é o padrão ouro da indústria.
No guideline do IPEV para avaliar uma companhia privada, existe uma hierarquia de metodologia de valuation, que se baseia, partindo da prioridade mais alta para a mais baixa, em:
- preço do investimento;
- múltiplo de lucro;
- benchmarks da indústria;
- patrimônio líquido;
- fluxo de caixa descontado.
Usar o último preço pago por um investimento em uma companhia é um parâmetro para ser usado como valor justo em uma janela de 12 meses. Depois disso, auditores e mercado público passam a ser referência para precificar uma empresa.
Benchmarks da indústria são usados em uma cesta de companhias, com o Patrimônio Líquido dessa companhia avaliado como substituto do fluxo de caixa descontado, usando premissas de mercado para fazer essa avaliação.
Portanto, não é uma métrica específica, mas um cruzamento de métricas usadas para chegar ao valor justo dos ativos. Esse cálculo é feito por uma auditoria.
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