A alta global dos juros foi prolongada no dia 3 de maio, quando o Federal Reserve elevou a taxa básica nos Estados Unidos para o nível mais alto em 16 anos. Foi a décima elevação seguida, desde março de 2022.
Nesse cenário de contração, os fundos de riqueza soberana (SWF) se tornaram... soberanos no co-investmento de private equity e venture capital. Um estudo da S&P Global mostra como os fundos de riqueza administrados por governos federais assumiram o protagonismo. Desde 2021 eles representam mais de 47% do valor co-investido – bem acima dos 31% registrados entre 2018 e 2020.
No último trimestre do ano passado, os SWF contribuíram com US$ 36,9 bilhões (90%) do total, na comparação com investidores corporativos, fundos de pensão e family offices.
Em 2022, o valor médio dos co-investimentos com fundos soberanos aumentou 23% ao ano, ultrapassando os fundos de pensão – que caíram 81% no mesmo período.
Por isso, o Financial Times (aqui, na tradução publicada pelo jornal Valor) afirma que o Oriente Médio está sendo invadido por representantes de grandes gestoras de capital de risco, como a16z, Tiger Global e IVP, na busca por dinheiro para investimentos. “Achamos que se tornará uma região do mundo cada vez mais importante nos próximos dez anos”, diz à reportagem Mitchell Green, fundador da Lead Edge. “Isso nos faz recordar de quando fomos à China em 2003.”