Qual é o cenário de Venture Capital no Brasil? Ainda que o contexto econômico do país seja desafiador para as startups que buscam aportes para financiar as operações, o capital de risco segue como um dos mais tradicionalmente procurados por investidores.
Os investimentos em VC mantêm-se atrativos mesmo em cenários de instabilidade graças à maturidade do mercado nacional de inovação. Neste artigo, vamos explicar como o mercado de Venture Capital funciona.
Como o mercado de Venture Capital funciona
O Venture Capital, também conhecido como capital de risco, é uma modalidade de investimento com o objetivo de financiar novas empresas com alto potencial de crescimento a longo prazo. Para esse tipo de financiamento, geralmente, o capital parte de grandes investidores, fundos, bancos e outras instituições financeiras.
Para empresas com histórico operacional recente, o VC é uma das fontes mais essenciais para levantar dinheiro, especialmente se a startup não tem acesso a empréstimos bancários, por exemplo. Essa categoria de aporte também serve para empresas que já cresceram rapidamente e se encontram em fase de expansão.
Basicamente, no Venture Capital, a meta é que a empresa investida cresça rápido e ofereça rentabilidade alta. Quando o negócio tem sucesso, passa a valer mais no mercado, permitindo que o VC receba os rendimentos da participação. Essa etapa do investimento é conhecida como “exit” ou evento de liquidez.
Embora seja considerado um investimento arriscado, também há potencial de retorno acima da média. Os fundos de Venture Capital no Brasil aportam capital em startups de grande potencial de crescimento — logo, buscam retornos financeiros superiores em relação a outras modalidades de ativos.
O cenário de Venture Capital no Brasil
Segundo a plataforma de dados Distrito, quase 600 investidores diferentes investiram em startups em 2021, a maioria corresponde a fundos de Venture Capital no Brasil. Foi um ano que entrou para a história do ecossistema brasileiro de inovação, com recorde de US$ 9,4 bilhões no volume de investimentos — 166% a mais que 2020.
Em 2022, o contexto do Venture Capital no Brasil é diferente. Fatores como a retração econômica, a inflação e a alta de juros impactaram os aportes. Ainda conforme a Distrito, em maio de 2022, foram R$ 1,4 bilhão em investimentos em novas empresas. No mesmo mês do ano anterior, foram R$ 3,6 bilhões aportados.
O segmento que mais atrai investimentos é o de fintechs. Agora, quando os fundos de VC se tornam difíceis de alcançar, muitas empresas iniciais se voltam para alternativas como equity crowdfunding, venture debt e Venture Capital corporate.
Diferentemente das casas tradicionais de Venture Capital, o corporate Venture Capital é uma modalidade praticada por grandes corporações com objetivos estratégicos além do retorno financeiro. Ele valoriza aportes que possam se tornar alvo de aquisição no futuro, por exemplo.
Startup unicórnio ou camelo?
Provavelmente, você já conhece os unicórnios, isto é, as startups que crescem a ponto de atingir US$ 1 bilhão em valor de mercado. Porém, sabia que também existem as startups camelos? A seguir, vamos explicar esse conceito.
Uma nova denominação: as startups “camelo”
Como forma de se diferenciar dos unicórnios, as empresas em estágio inicial usam o termo “camelo”, cunhado pelo autor e investidor Alex Lazarow. Para ele, o modelo de negócios baseado em grandes aportes de fundos de VC estaria esgotado, criando a necessidade da denominação a partir da figura do camelo.
Afinal, o camelo é um animal resistente, capaz de sobreviver às condições do deserto por longos períodos, até sem alimento, em locais inóspitos. Essa é a analogia das startups “camelo”, capazes de crescer de forma sustentável e priorizar a sobrevivência em tempos de escassez.
A G2D é um fundo de Venture Capital?
A G2D Investments não é um fundo, mas uma empresa de Venture Capital no Brasil. Estamos listados na Bolsa de Valores brasileira, a B3, com o código G2DI33. Em nosso portfólio de investimento, contamos com empresas com grande potencial de crescimento.
Portanto, nossos aportes não são feitos pelos fundos, mas com recursos próprios. Essa característica proporciona maior liberdade para selecionar os negócios que fazem parte do nosso portfólio. Em geral, são empresas em estágio de expansão, na fase pré-IPO.
Agora que você já sabe mais sobre o cenário do Venture Capital no Brasil, continue por dentro das novidades do mercado financeiro. Inscreva-se na newsletter da G2D Investments para receber as análises dos nossos especialistas sobre finanças e tópicos relacionados em primeira mão.