Onde investir antes das eleições é uma dúvida comum, mesmo para quem já tem mais experiência com aplicações financeiras. Os anos de disputa presidencial nas urnas costumam ser mais voláteis para o mercado financeiro. Mas existe uma forma de usar isso a seu favor.
A partir de agora, vamos entender como investir o seu dinheiro pensando em proteger patrimônio e focar no que realmente importa: os seus objetivos financeiros.
Você vai entender como encarar a volatilidade no mercado de ações e montar uma boa carteira de investimentos. Também vai ver o que costuma acontecer com o mercado quando esse período termina.
Mas antes, sempre vale o aviso: o desempenho passado do mercado pode não se repetir novamente. Não há como garantir que algo que já aconteceu vai se repetir. Portanto, use os dados a seguir com sabedoria. Agora, vamos começar.
O que acontece com a bolsa de valores em anos de eleição?
Um relatório do time de economistas do Bradesco lançado em outubro de 2021 mostrou que, nas últimas seis eleições presidenciais, a bolsa de valores caiu em média 15% entre os meses de maio e outubro de cada ano eleitoral.
Para chegarem a essa conclusão, eles analisaram o comportamento do Índice Bovespa, o Ibovespa, em cada um dos anos em que houve eleição presidencial no período entre 1998 e 2018.
Os economistas notaram maior volatilidade dos ativos na janela entre a definição das candidaturas (maio) e o resultado do primeiro turno do pleito (outubro). Quando já havia uma ideia mais clara de quem seria o próximo presidente, o mercado passava a subir e voltava a um patamar semelhante ao do início do ano.
Porém, os próprios economistas destacam que existe muita dispersão nos valores observados e que outros fatores podem influenciar os números: os preços internacionais das commodities, choques de preços no mercado interno (o que gera inflação) e assim por diante.
O gráfico a seguir mostra o comportamento do Ibovespa desde 1995. A partir dele, é possível ter uma ideia mais clara da volatilidade histórica desse indicador.
Onde investir antes das eleições? 7 estratégias de investimento
Já sabemos o que costuma acontecer com a bolsa de valores antes das eleições. Agora, é hora de decidir qual é a melhor estratégia de investimentos.
Em primeiro lugar, é importante entender por que você está investindo e saber que razões diferentes demandam estratégias diferentes.
Por isso, pense no que você quer que os investimentos te proporcionem e comece a traçar planos a partir daí. Vamos ver alguns exemplos de objetivos a seguir.
Reserva de emergência: onde investir
A reserva de emergência funciona como um seguro. É ela quem vai bancar o seu custo de vida caso você perca a sua fonte de renda principal.
Também é uma função da reserva te ajudar a aproveitar alguma oportunidade de negócio de última hora. Se você está pensando em comprar um imóvel, por exemplo, a reserva pode fornecer parte do valor da entrada.
Por ter esse carater de colchão financeiro, o ideal é a que a reserva de emergência seja investida em ativos de renda fixa que podem ser resgatados a qualquer momento. Alguns exemplos são:
- CDB com liquidez diária;
- Tesouro Selic;
- fundos de renda fixa simples.
Comprar um bem no curto prazo: onde investir
Investir para comprar um imóvel, um veículo ou fazer uma viagem podem seguir a mesma estratégia dependendo do prazo. Se você quer realizar o seu objetivo em menos de um ano, o que consideramos curto prazo, não vale a pena arriscar o seu dinheiro. Por isso, prefira:
- CDB com liquidez diária;
- Tesouro Selic;
- fundos de renda fixa simples;
- LCIs ou LCAs com prazo de até um ano.
Comprar um bem no longo prazo: onde investir
Perceba que, nesse caso, o objetivo não muda. O que muda é o prazo. Caso você se encaixe nesse cenário, pode pensar nas aplicações do tópico anterior, mais as seguintes:
- CDB com prazo a partir de um ano, sempre levando em conta o prazo em que você pretende realizar a sua meta:
- Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+;
- fundos de renda fixa crédito privado.
Proteger patrimônio: onde investir
Se o objetivo é não perder dinheiro, novamente a renda fixa é o caminho. Mas dependendo do valor que você tem investido, é possível dividi-lo entre reserva de emergência e aplicações para o longo prazo. Nesse caso, as opções são:
- CDB com prazo a partir de um ano;
- Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+;
- Previdência Privada: PGBL e VGBL;
- fundos de renda fixa crédito privado;
- Letras de Crédito Imobiliárias e Agrícolas (LCI e LCA).
Construir ou aumentar patrimônio: onde investir
Para quem deseja construir ou aumentar patrimônio, a tática é vitaminar o seu portfólio para que ele renda mais. A partir desse ponto, a diversificação de investimentos se torna essencial. Ela é a forma mais barata de proteger a sua carteira ao mesmo tempo em que potencializa os seus retornos.
Pensando nisso, sempre será necessário ter alguma parcela de renda fixa na sua carteira para protegê-la contra o sobe e desce do mercado. E mesmo dentro da parcela de renda fixa é possível diversificar, como você já viu nos tópicos anteriores. A partir daí, você pode pensar nas seguintes aplicações:
Renda fixa turbinada:
- fundos multimercado com foco em renda fixa;
- renda fixa internacional;
- Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRI e CRA);
- Debêntures.
Renda variável:
- ações, opções, ETFs, BDRs;
- fundos de ações ou multimercados focados em renda variável;
- ativos alternativos: criptomoedas, commodities, real estate e venture capital.
Ter renda extra com investimentos: onde investir
Quem chega nessa etapa já tem algum capital acumulado e quer viver dos rendimentos desse dinheiro: isso significa literalmente fazer o dinheiro trabalhar para você.
As aplicações mais recomendadas para quem já chegou lá são:
- renda fixa com pagamento de cupons (Tesouro, CDBs e debêntures com juros semestrais);
- fundos imobiliários (FIIs);
- ações de dividendos.
Você pode ainda desfrutar da previdência privada na modalidade renda mensal, desde que já tenha cumprido o período de acumulação. Para isso, precisa investir entre 10 a 15 anos.
Viver de renda: onde investir
Investir para viver de renda é um objetivo que exige mais tempo para ser realizado. Ele se divide em duas fases:
- acumulação de capital: é o momento de juntar dinheiro e construir o seu patrimônio. Nessa fase, você ainda tem uma renda ativa (trabalho ou participação em negócios) e guarda uma parte dela para o futuro. Você pode e deve usar a estratégia de diversificação para proteger e aumentar o seu patrimônio, pensando na próxima fase;
- uso da renda acumulada: é o momento de desfrutar dos recursos que você juntou, sempre pensando em proteger e rentabilizar o valor acumulado.
Essa estratégia envolve mais de um tipo de investimento e pode ser executada com as aplicações que mencionamos aqui. O importante é definir um valor suficiente para bancar o seu custo de vida sem que você tenha que trabalhar.
Além disso, também é essencial balancear a sua carteira de acordo com o risco que você tolera. Vamos ver mais sobre isso nos próximos tópicos.
Como definir o seu perfil de investidor?
Uma vez definidos os seus objetivos, é hora de entender o seu perfil de investidor. Isso você consegue fazer ao responder os questionários das corretoras de valores, um processo conhecido como suitability. Essa avaliação geralmente tem três resultados:
- investidor conservador: não tolera perdas em suas aplicações e prefere investimentos mais previsíveis, ainda que o retorno previsto seja menor. Para esses investidores, os investimentos de renda fixa são os mais indicados;
- investidor moderado: tolera algum nível de perda, desde que o retorno compense. Os fundos multimercado costumam ser uma solução interessante para esse perfil. Mas a renda fixa sempre fará parte da carteira;
- investidor arrojado: entende os riscos dos investimentos e faz aplicações pensando no longo prazo, com o objetivo de ter retornos maiores. Esse perfil também não deixa de ter algo em renda fixa: pelo menos a reserva de emergência.
Saber o seu perfil de investidor te ajuda a conhecer os seus limites na hora de escolher uma aplicação financeira. Mas você não precisa se prender a essa definição.
Existem objetivos em que você pode ter uma postura mais conservadora, enquanto pode arriscar mais em outros. Novamente, tudo depende dos seus objetivos e da sua tolerância ao risco.
Como entender os riscos nos investimentos?
Para entender os riscos nos investimentos, é necessário pesquisar sobre as aplicações de seu interesse. Você vai encontrar dezenas de informações distintas, mas o importante é focar nos seguintes pontos:
Prazo do investimento
Quanto mais longo é o prazo, maior é o risco. Portanto, vale a pena se você tiver certeza de que não vai precisar do dinheiro investido durante o período.
Taxa de retorno do investimento
Quanto maior o retorno prometido, maior é o risco. Disso você já sabe. Mas é importante entender os motivos por trás da taxa de retorno ser como é.
Por isso, vale comparar o retorno com outros investimentos semelhantes (renda fixa com CDI, renda variável com Ibovespa) para entender se as taxas oferecidas fazem sentido.
Dica de ouro: as aplicações que prometem um retorno muito acima do CDI ou do Ibovespa podem ser uma cilada.
Risco de crédito (específico para renda fixa)
Em termos bem simples, significa chance de calote. É a probabilidade de quem emitiu o investimento não conseguir devolver o dinheiro ao fim do prazo.
Novamente, quanto maior é o risco de crédito, maior tende a ser o retorno prometido. Uma forma de entender rapidamente esse risco é analisando o rating (a nota de crédito) dos emissores das aplicações.
Risco de mercado (específico para renda variável)
Se você tinha investimentos em março de 2020, sabe o que significa risco de mercado na prática. Trata-se da chance de as suas aplicações serem afetadas pelas condições do mercado, ainda que seus ativos sejam de qualidade.
Como a G2D te ajuda a investir melhor
A G2D Investments é uma empresa de Venture Capital listada na bolsa de valores. Por meio de uma única aplicação, é possível diversificar investimentos nessa categoria de ativos e ter acesso a empresas privadas de alto crescimento.
O código da G2D na B3 é o G2DI33. Com ele, você investe em negócios disruptivos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, incluindo pelo menos oito startups unicórnio.
Uma vez que você entende como funciona o mercado financeiro, tem mais preparo para montar a melhor carteira de investimentos. E agora que você já sabe onde investir antes das eleições, deixamos aqui um convite: que tal conhece mais sobre o nosso trabalho? Acesse o site da G2D e veja como estamos revolucionando os investimentos das pessoas.