O número de investidores pessoa física na B3 cresceu 35% nos últimos 12 meses. Agora são 4,6 milhões de brasileiros na Bolsa – um aumento de 1,3 milhão de CPFs. A caderneta de poupança – investimento mais popular no país, mas que historicamente rende pouco – está perdendo espaço para a renda variável.
O aumento de investidores na Bolsa é ainda mais impressionante, se considerarmos que a taxa Selic mais do que dobrou entre setembro de 2021 e setembro de 2022 (de 6,15% para 13,65%). A alta dos juros aumenta o apelo dos investimentos em renda fixa, em relação aos investimentos de renda variável negociados na B3.
Investidores: menor valor médio e maior diversificação
A Bolsa está se popularizando. O valor médio dos investimentos caiu à metade, de R$ 6 mil para R$ 3 mil. No mês de setembro de 2022, das 106 mil pessoas que estrearam em renda variável na B3, 31% fizeram seu primeiro investimento com valores de até R$ 40.
Além de mais numerosos, os brasileiros na Bolsa estão diversificando mais seus investimentos. Em 2016, 75% das pessoas físicas na B3 investiam apenas em ações. Agora, esse percentual caiu para 33%.
Investidores em BDRs superam 1 milhão
A forma de diversificação que mais cresceu foram os BDRs (Brazilian Depositary Receipts): títulos emitidos no Brasil que têm como lastro ETFs emitidos no exterior. Em um ano, os BDRs atraíram 1,5 milhão de investidores brasileiros – quase quadruplicou (aumento de 380%) em relação a 2021. O valor em custódia chegou a R$ 6,8 bilhões (alta de 23%), e o volume médio diário negociado (ADTV), chegou a R$ 171 milhões (alta de 8%). O crescimento do mercado de BDRs é bom porque aumenta a liquidez desse tipo de papel.
Desde outubro de 2020, pessoas físicas podem comprar BDRs – antes, o produto era acessível apenas a investidores qualificados. Hoje existem 848 BDRs de ações e 100 BDRs de ETF disponíveis para as pessoas físicas, de empresas como Apple (AAPL34), Amazon (AMZO34), Coca-Cola (COCA34), e da G2D (G2DI33).
Os BDRs são uma forma simples e barata de o brasileiro investir em empresas de outros países.
Ao comprar papéis da G2D, o investidor incentiva o crescimento de startups de diversos setores, no mundo inteiro. É o caso da The Craftory, na Inglaterra, especializada em empresas de bens de consumo consciente. Ou da Digibee, no Brasil, que promove a integração de sistemas de grandes empresas.
Você pode baixar o relatório completo no site da B3.