Série A, série B, série C. Se você acompanha notícias sobre startups, já deve ter se deparado com esses termos na hora do anúncio de uma rodada de investimento. A partir de agora, você vai entender o que eles significam na prática.
Saber o que eles querem dizer facilita a compreensão do nível de maturidade do negócio. Empresas que têm pouco tempo de estrada geralmente começam pelo investimento com recursos próprios ou pelo seed capital.
Já aquelas com algum desenvolvimento começam a atrair fundos de Venture Capital. Os recursos são captados de acordo com os planos de longo prazo que a empresa desenhou. Além disso, indicadores chave como número de clientes e receita são essenciais para determinar o quanto essa startup vale. Vamos ver mais detalhes a seguir.
O que é uma rodada de investimento?
Uma rodada de investimento é uma forma de levantar recursos para o desenvolvimento de um negócio. Geralmente ligado ao universo das startups, esse termo tem o seu equivalente em inglês na expressão funding round.
As rodadas de investimento se dividem em fases. Veja a seguir mais detalhes sobre cada uma delas:
- Investimento anjo;
- Pré-seed;
- Seed;
- Série A;
- Série B;
- Série C em diante.
Investimento anjo
O investimento anjo costuma ser uma forma de financiamento para tirar ideias do papel. Tratam-se de quantias menores, geralmente aportadas por pessoas físicas: ex-executivos ou empreendedores que querem estar próximos de negócios em fases iniciais.
Nos Estados Unidos, o cheque geralmente fica entre US$ 5 mil e US$ 150 mil e a participação no negócio não ultrapassa os 25%, segundo a Forbes Advisor.
Pré-seed
Investimento pré-seed se refere ao período em que fundadores de uma empresa estão iniciando seus trabalhos. Financiadores pré-seed costumam ser os próprios fundadores de startups, além de pessoas próximas e familiares.
No entanto, com o boom do mercado de Venture Capital, já existem fundos que dedicam parte de seu capital a negócios nesse estágio, especialmente quando um empreendedor experiente está por trás do negócio.
Seed
Também chamado de capital semente, seed investing ou seed funding, é a fase em que uma startup recebe recursos para validar a sua ideia de negócio, montar seus primeiros times e fazer pesquisa e desenvolvimento de produtos.
É geralmente nessa fase que as empresas começam a receber financiamento em troca de participações na companhia. Segundo a plataforma Fundz, o cheque nessa fase costuma ser de até US$ 10 milhões.
Rodada de investimento série A
Também chamada de Series A, acontece na fase em que uma startup já tem um modelo de negócio construído, com clientes e receita. Além disso, ela precisa demonstrar potencial para crescer e gerar ainda mais receita.
A principal diferença entre a rodada série A e as etapas iniciais de captação de recursos é a quantidade de dinheiro envolvida. Segundo a Fundz, que consolida informações de investimentos em startups pelo mundo, o mais comum é que um investimento série A fique entre US$ 2 milhões e US$ 15 milhões.
Do lado de quem financia, são os fundos de Private Equity e Venture Capital que costumam bancar rodadas de investimento a partir da série A. Esses fundos costumam ter uma determinada quantidade de recursos para investir em empresas que atendem a requisitos definidos em sua estratégia de investimento.
Há, por exemplo, aqueles que investem apenas em empresas do mercado B2B. Outros olham apenas para o setor de tecnologia. Há ainda aqueles que mesclam setores, o que ajuda na diversificação.
Outro critério para filtragem é a própria fase de crescimento da empresa. Há fundos que podem entrar na fase de seed capital e permanecer até o IPO e além. Por outro lado, outros fundos precisam sair do investimento quando a empresa atinge determinado patamar de crescimento. No fim, tudo depende da tese de investimento do fundo.
Rodada de investimento série B
As rodadas série B ou Series B são para empresas expandirem seu alcance no mercado. Ela serve para quem já conseguiu andar com os planos da série A e lançou novos produtos ou descobriu novas formas de gerar receita.
As empresas que passaram para essa fase já desenvolveram bases de clientes e provaram aos investidores que estão preparadas para trabalhar em maior escala. A Fundz estima que o volume médio de recursos levantados nesse período fique entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões.
Os fundos de investimento que participam de uma rodada série B geralmente são os mesmos que já aportaram na série A, até para evitarem a diluição de sua participação na companhia devido ao aumento de capital. Porém, novamente de acordo com as teses de investimento de cada um, há aqueles que entram somente a partir dessa etapa.
Umas das possibilidades já a partir dessa fase é a expansão por meio de fusões e aquisições: quando startups começam a comprar empresas para evoluir o seu negócio.
Rodada de investimento série C, D, E, F e G
Existem empresas que conseguem crescer tanto que a sua expansão acaba financiada por diversas outras rodadas de investimento. As startups unicórnio costumam se encaixar nesse critério.
Quanto mais elas crescem, mais chamam a atenção de novos investidores e passam a ter mais opções de financiamento. Outro fator importante é que o risco para os investidores diminui nessa fase, uma vez que o negócio está mais consolidado. Assim, é mais comum ver fundos de hedge (hedge funds) e bancos de investimento nessa fase.
O potencial de valorização exponencial da companhia e a preparação para um possível IPO são os fatores que atraem interessados. É a mesma lógica de comprar um ativo hoje pensando que ele vai se tornar mais valioso no futuro.
Exemplos de startups na rodada de investimento série C:
- Alice;
- Buser;
- Omie.
Exemplos de startups na rodada série D:
- Facily;
- LivUp;
- Loft.
Exemplos de startups na rodada série E:
- MadeiraMadeira;
- Quinto Andar.
Exemplos de startups na rodada série F:
- Creditas;
- Loggi.
Alguns casos raros de startups que chegaram na rodada série G:
- iFood;
- Nubank;
- Farmer’s Business Network, que faz parte do portfólio da G2D Investments por meio da Expanding Capital.
Perceba que as séries das rodadas de investimentos não têm relação com o fato de uma startup se tornar unicórnio. Nesse caso, o critério é sempre o valuation da companhia alcançar US$ 1 bilhão, independente da fase de captação de recursos.
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Uma vez que você compreende as diversas fases de uma rodada de investimento, fica mais fácil entender a dimensão do noticiário sobre startups e entender quando vale a pena investir em um negócio. Agora, que tal conhecer mais sobre o nosso trabalho? Saiba quais são os unicórnios G2D.