A criptomoeda surgiu de maneira informal — tão informal que seu criador (ou criadores) nem é conhecido, esconde-se atrás do pseudônimo Satochi Nakamoto.
É uma experiência inovadora de moeda cujo valor está nela mesma, e não no lastro do emissor. Apesar disso, a criptomoeda está ganhando a adesão não apenas de fintechs, mas também dos bancos centrais.
Neste post, você conhecerá o que é o Real Digital (a criptomoeda brasileira), quais outros países já lançaram ou estão desenvolvendo sua criptomoeda nacional, quais serão suas utilidades e como ela poderá mudar a vida da população brasileira. Acompanhe!
O que é o Real digital?
O Real Digital — também conhecida pela nova moeda programável brasileira emitida pelo Banco Central (BC)— faz parte da categoria classificada como as Central Bank Digital Currencies (CBDC), ou seja, uma moeda fiduciária alternativa (oficial do Brasil), considerada uma expressão da moeda Real física já emitida pela autoridade financeira do país.
Ele será regularizado, fiscalizado e emitido pelo próprio Banco Central, e regido pelos mesmos fundamentos e pelas mesmas políticas monetárias que estabelecem o valor, a segurança e a manutenção do Real físico tradicional.
Sua distribuição será intermediada por algum participante do sistema financeiro, instituição de pagamento ou uma possível nova empresa criada e autorizada pelo BC para realizar tal ação.
A moeda digital brasileira é diferente de criptomoedas como bitcoin e ethereum, porque essas apresentam alta volatilidade — dificultando seu uso como meio de pagamento — e não detêm características fundamentais de uma moeda como reserva de valor e unidade de conta.
Bitcoin e Ehereum são emitidas por instituições financeiras privadas de maneira descentralizada, e não são reguladas.
O CBDC brasileiro assemelha-se ao sistema das “stablecoins”, que busca corrigir o problema da alta volatilidade dos criptoativos atrelando seu valor a alguma moeda soberana. No caso do Brasil, o Real físico convencional.
O Real Digital está em fase de desenvolvimento e testes iniciais. Suas primeiras emissões foram realizadas no dia 20 de outubro de 2022. Segundo o BC, o lançamento oficial ocorrerá em 2024.
Que outros países lançaram ou estão desenvolvendo criptomoeda oficial?
De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), mais de 80% dos Bancos Centrais mundiais estão desenvolvendo suas moedas programáveis nacionais.
Esse percentual cresceu em comparação com a porcentagem divulgada pelo relatório anual do BIS de 2016/2017,no qual 65% dos países participantes sinalizaram suas primeiras iniciativas ligadas a Central Bank Digital Currency.
Bahamas foi o primeiro país a introduzir sua CBDC, denominada de dólar de areia, em outubro de 2020. Venezuela e Nigéria seguiram o exemplo.
Quatorze países se encontram em fase avançada, realizando testes pilotos para a implementação de criptomoeda. Entre eles estão China, Emirados Árabes, África do Sul e Suécia.
Entre os países em fase de desenvolvimento, estão Estados Unidos, Japão, Inglaterra e Brasil, além da União Europeia.
Para que a criptomoeda a oficial vai servir?
No caso do Real Digital, sua finalidade será operar todas as funções já introduzidas pelo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) vigente, além de incluir novas utilidades.
As funcionalidades tradicionais serão:
- Realizar pagamentos em lojas, por meio do seu prestador de serviço de pagamentos ou Pix
- Transferir seus Reais Digitais para outras pessoas
- Converter seu dinheiro eletrônico em depósito bancário convencional e/ou dinheiro físico
- Pagar boletos, contas e impostos
O CBDC brasileiro também pretende apresentar algumas aplicações alternativas como: ajustar-se a uma ferramenta nativa de liquidação das transações segura e eficiente, a partir da inserção de smart contracts (contratos inteligentes), IoT (internet das coisas), dinheiro programável e outras tecnologias.
Como ela muda a vida – e de quem?
Com apoio de diversas outras atividades da Agenda BC, a moeda digital brasileira poderá proporcionar inúmeros benefícios à população. Por exemplo:
- Empreendedores e a população, em geral, poderão difundir novos serviços de forma segura e acessível;
- Produtos financeiros serão mais flexíveis e adaptáveis aos anseios dos clientes;
- Dispositivos inteligentes, como geladeira e impressora, poderão monitorar estoques e disparar pedidos de compras automaticamente;
- Drones de aplicativos de entrega poderão efetivar pagamentos e acessar inúmeras regiões da cidade, otimizando a organização da estrutura do tráfego urbano.
O Real Digital foi apresentado na edição especial do LIFT Challenge, uma iniciativa coordenada pela Fenasbac em parceria com o Banco Central Brasileiro, na qual reúne diversos players do mercado com o objetivo de desenvolver um produto minimamente viável (MVP) voltado ao tema principal da edição— moeda digital emitida pelo BC.
Todos os projetos deveriam apresentar uma solução viável que beneficiasse o Sistema Financeiro Nacional (SFN), resultando em incentivos e inovações à população.
Entre as empresas participantes estão: a Mercado Bitcoin (que pertence à holding 2TM), Banco Santander Brasil, Tecban, Febraban e Itaú Unibanco, entre outros.
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